quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vacina contra aids tem 90% de sucesso em testes

Apesar de os participantes estarem sem o HIV em seus organismos, o imunizante deixou 90% deles preparados para um possível contato. O próximo passo será testar em portadores
Apesar do sucesso, pesquisadores dizem que é preciso cautela (PATRÍCIA ARAÚJO, EM 25/04/2007) Apesar do sucesso, pesquisadores dizem que é preciso cautela (PATRÍCIA ARAÚJO, EM 25/04/2007)

Uma vacina contra a aids desenvolvida na Espanha obteve 90% de sucesso em testes iniciais aplicados em 30 voluntários de Madri e Barcelona. Apesar de os participantes estarem sem o HIV em seus organismos, o imunizante deixou 90% deles preparados para possível contato com o vírus transmissor. Essa mesma resistência durou pelo menos um ano em 85% dos voluntários. A ideia dos médicos do Hospital Clinic, de Barcelona, e do Gregorio Marañon, de Madri, foi “treinar” o corpo de pessoas sem a doença para que pudessem reconhecer o vírus HIV e células infectadas para atacá-los.

Agora, o próximo passo será testar a vacina como terapia para portadores do vírus, mas que ainda não desenvolveram a doença. Mesmo com o sucesso na primeira das três fases comuns dos testes em humanos, Felipe García, chefe da equipe que conduziu o estudo em Barcelona, afirmou ser preciso cautela. Para o médico, o número de voluntário ainda é pequeno para poder dizer se o imunizante vai mesmo garantir a defesa permanente do corpo contra o HIV.

A vacina é denominada de MVA-B e foi preparada a partir de vírus diferente do HIV. Ao ser enfraquecido, o micro-organismo serviu para produzir imunizante contra a varíola e agora é muito usado para a pesquisa em outras doenças. A letra B na classificação indica o tipo de HIV mais comum na Europa e que é combatido pela nova vacina espanhola.

Para preparar a vacina, os cientistas espanhóis colocaram quatro genes do HIV dentro do vírus enfraquecido da varíola. De acordo com os pesquisadores, a presença desses genes é insuficiente para desenvolver a doença em pessoas saudáveis. Pelo contrário, ela serve somente para deixar o corpo em alerta para o caso de o vírus de verdade entrar dentro do organismo do imunizado.

Os resultados foram divulgados nas publicações médicas Vaccine e Journal of Virology. O estudo foi autorizado pelo Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) espanhol, principal órgão voltado para a pesquisa científica, do governo do país. A substância já havia sido testada em 2008 em roedores e em macacos. (das agências de notícias)

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ENTENDA A NOTÍCIA

O conceito da vacina é ensinar o organismo a reagir à presença do vírus e eliminá-lo ou impedir sua proliferação. O objetivo seguinte será o teste em pacientes já infectados, mas que ainda não desenvolveram sintomas.

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